domingo, 2 de agosto de 2009

O vazio das palavras

O sol que ilumina é o sol que queima. A lágrima que cai, é de dor ou de alegria?

A chuva que destrói é a mesma que semeia. Num segundo as certezas viram dúvidas. O passado adquire dimensões inimagináveis. Tudo que foi já não o é. O grito silenciado já não pode ser ouvido.

As palavras transcrevem o que o peito encobre; de forma confusa elas adquirem vida.

Num segundo o texto ganha vida ;no outro as idéias somem. Num segundo se vive?

Eis me aqui com minha inabilidade de me achar. Mais ainda: de mudar.

O que me aflige é a pressa. O que me assusta é o tempo.

Ando tão às pressas com a vida, que perco os segundos.

Busco desesperadamente o meio termo: uma trégua comigo mesmo.

Tentar escrever sem inspiração poética, sem inspiração de vida: eis uma tarefa difícil; não obstante, eis uma busca pelo alívio, que não sacia,que não estanca...

Nenhum comentário:

Postar um comentário