Escolhi meus caminhos da mesma forma que equacionei questões de matemática: decorava as fórmulas, mas não sabia usá-las.
Toda vez que recorri aos mapas, perdi-me em suas coordenadas confusas e confundi horizontes; quando tentava esquecer, lembrava-me, quando tentava me guiar, esquecia tudo.
Em meio a tantos caminhos perdidos e achados, busquei sempre com o ímpeto de um andarilho, encontrar não o fim, mas o começo da minha estrada.
Diante de tudo isso, mais do que a simples constatação de que não passo de um errante a caminhar-e sempre a buscar - percebo também que sempre em momentos de decisões a razão me abandonou. E com razão, pois em minha cuca habita um coração acéfalo e em meu peito bate apenas um órgão que obriga minhas pernas a seguir...
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